Mercado Livre, Magazine Luiza, Americanas e Via anunciaram mudanças nas tarifas e vamos te atualizar sobre todas elas por aqui.
Mercado Livre
Começando pelo Mercado Livre, que anunciou um novo aumento nas tarifas de frete grátis de aproximadamente 3%. O acumulado nos últimos doze meses ronda a casa dos 20%, como podemos ver no gráfico abaixo, que mostra as tarifas de frete grátis cobradas em vendas a partir de R$ 79 pelo Mercado Envios Full.
Vale lembrar que o Mercado Livre também implantou neste ano a cobrança por armazenagem em todos os produtos do fulfillment e reajustou a comissão de algumas subcategorias, chegando ao teto de 13% na modalidade Clássico (onde o comprador paga juros em caso de parcelamento no cartão) e a 18% na modalidade Premium (onde não há juros no parcelamento).
Os compradores também sentiram mudanças na quantidade de parcelas oferecidas pelo site. Se antes um produto de R$ 200 anunciado na modalidade Premium podia ser parcelado em até 12x sem juros, agora esse parcelamento não passa de 6x.
O Mercado Livre também retirou o subsídio integral de embalagens para vendedores que estavam dentro de sua rede logística, utilizando o serviço Mercado Envios. Agora, o desconto na compra de suprimentos é de apenas 50%, inferior ao Magazine Luiza, que banca 70% dos custos das embalagens, mas superior aos demais concorrentes que não oferecem tal benefício.
Por fim, houve uma alteração na categoria Supermercado, que passou a oferecer frete grátis somente nos itens acima de R$ 199. Se por um lado os itens com valor inferior a estes ficam bem mais competitivos, já que o vendedor não precisa embutir a tarifa de frete grátis, por outro, o ticket médio necessário para atingir o frete grátis aumentou em mais de 250%. Vale lembrar que também não existem mais as campanhas de incentivo da categoria Supermercado que ofereciam 10% ou 15% de desconto caso o comprador adquirisse uma quantidade determinada de itens dentro da categoria.
Magazine Luiza
O Magazine Luiza implantou sua política de frete grátis no começo do ano. No entanto, mesmo deixando de bancar integralmente o frete grátis, passando a cobrar uma tarifa de frete grátis dos vendedores de seu marketplace, foi necessário um reajuste na comissão dos vendedores que estão no modelo antecipado (aquele onde todo o valor é pago integralmente ao lojista no fluxo de pagamento vigente, mesmo que o comprador tenha optado pelo parcelamento) de 16% para 18%. Isso representa uma alta de 12,5%, número pouco acima da inflação acumulada nos últimos 12 meses (11,89% – IPCA jul/22).
Quem está no modelo “fluxo”, onde o pagamento é feito conforme a quantidade de parcelas escolhida pelo comprador, continua com comissão padrão de 12,8%.
A comissão do Magazine Luiza passa a ser maior do que a da Americanas, que alterou suas taxas no começo do ano e até o fechamento deste artigo ainda não havia anunciado novos reajustes. Por lá,% a comissão varia de 12 a 19%, com a grande maioria das categorias concentrada entre 16% e 16,5%, bem abaixo dos 18% cobrados atualmente pelo Magalu.
Americanas
O único reajuste da Americanas foi bem silencioso, diga-se de passagem. Entre abril e junho, a companhia ajustou a comissão apenas de vendedores que possuem uma tabela de comissionamento diferenciada, menor do que a tabela padrão. A base de sellers atingidas com esse reajuste é numericamente pequena, mas, por se tratar dos maiores vendedores do marketplace, pode representar uma parte significativa do GMV gerado pelo 3P. Na minha loja, por exemplo, o reajuste foi de 1,25%. Minha menor comissão no ano passado era na Via, mas, após todos os reajustes deste ano, agora é na Americanas que eu pago menos.
Via
A Via enviou e-mails para alguns vendedores informando sobre a criação de um novo fluxo de pagamento, onde deixa de existir o pagamento antecipado e o repasse de pagamentos de cartão de crédito passa a ser feito no fluxo, na quantidade de parcelas escolhida pelo comprador. A empresa não divulgou a porcentagem da sua base de vendedores atingida com essa decisão, e o print com o e-mail de reajuste viralizou em grupos de vendedores, chegando a gerar matérias jornalísticas em jornais de grande circulação. A falta de informações gerou um clima de incerteza no mercado sobre a capacidade de pagamento e fluxo de caixa da empresa. A repercussão não poderia ser mais danosa.
Vale lembrar que a Via reajustou a comissão cobrada no marketplace em janeiro deste ano para aproximadamente 21% na maioria das categorias de produtos. Comissão essa que é, em média, 32% maior do que a dos concorrentes (considerando uma comissão média de 16% cobrada pelos concorrentes).
Consegui confirmar com a empresa que os sellers que estão com o comissionamento padrão – de 21%, em média – não pagarão por custos de antecipação e continuarão recebendo todo o valor devido no fluxo de pagamento vigente, independentemente da quantidade de parcelas escolhida pelo comprador.
A Via também informou que, independentemente do tamanho do seller, caso ele contrate a recém-lançada solução de fulfillment da companhia, ele poderá receber os pagamentos em D+4, um dos melhores ciclos de pagamento disponíveis entre os grandes marketplaces, ficando atrás apenas da Shopee, que, por meio do programa Shopee Antecipa repassa os valores para os sellers em 24 horas após a postagem, e fica à frente de todos os demais concorrentes, que possuem prazo médio de pagamento variando entre oito e 21 dias.
Fonte: E-commerce Brasil
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