Para 2023, a expectativa é que o mercado de compras online seja ainda mais automatizado.

A pandemia de covid-19 causou mudanças nas dinâmicas de consumo, principalmente com a expansão do e-commerce. Com o varejo físico fechado, as companhias precisaram se adaptar para o digital e cada vez mais oferecem conveniência aos seus clientes. 

Apesar das restrições impostas durante a pandemia terem impactado a compra online, a tecnologia também influenciou no sucesso do e-commerce. Mecanismos e meios previstos para as próximas décadas foram adiantados, ficando disponíveis em alguns meses, dando suporte ao segmento.  

Mesmo com a volta da normalidade e a desaceleração do crescimento do comércio eletrônico, o consumidor se acostumou com certas práticas de consumo. Para 2023, a expectativa é que o mercado seja ainda mais automatizado. Acerca do assunto, o CEO do Melhor Envio, Éder Medeiros, e o gerente executivo da Tray, Vinicius Guimarães, revelaram algumas tendências para o mercado. 

Phygital 

Apesar do fim das restrições de isolamento, o consumidor não irá largar a conveniência das compras online. Mês com essa tendência, é necessário fazer algumas adaptações para oferecer uma melhor experiência para o cliente. Segundo pesquisa All In e Social Miner, realizada em parceria com a Opinion Box, 60% dos brasileiros passaram a consumir de forma híbrida em 2022. 

“As experiências híbridas do varejo mesclam o presencial e o digital e atualmente são importantes para os negócios, já que alguns consumidores, mesmo tendo a facilidade de fazer uma compra on-line, ainda gostam de realizar a visita às lojas como parte do seu processo de compra”, explicou Guimarães. O executivo ainda destaca que essa já é uma realidade e se torna uma oportunidade para fidelizar clientes. 

Facilidade de pagamentos 

O Pix e as alternativas de pagamento por aproximação revolucionaram a forma como a sociedade tem pagado as contas e produtos. A têndencia pôde ser vista na edição deste ano da Black Friday. De acordo com levantamento da Melhor Envio, 60% dos pagamentos dos fretes foram feitos via Pix. Em 2021, para comparação, foram apenas 10%. 

“Os brasileiros aceitaram tão bem o Pix que essa tecnologia vêm se tornando a principal forma de pagamento do país. Hoje, é raro encontrar algum comércio que não se adaptou ao modelo. Por isso, é essencial que as lojas providenciem essa opção aos consumidores”, comentou Éder Medeiros, CEO e fundador do Melhor Envio. 

Tempo como prioridade 

O hábito de consumo na internet fez com que os consumidores se tornassem mais exigentes. Hoje em dia, os clientes não querem realizar uma compra online e receber duas semanas depois. Por isso, é essencial oferecer possibilidades distintas e rápidas de entrega para o usuário. 

“Na Black Friday deste ano, observamos que 52% dos lojistas optaram pelo frete expresso para enviarem suas mercadorias. Muitas pessoas precisam do item em uma data específica e não se importam em pagar um pouco mais para receber o produto em poucos dias. Para quem trabalha com e-commerce, a dica é oferecer opções para os clientes escolherem o que mais se encaixa em seus desejos como consumidores”, analisou Medeiros. 

Dropshipping  

É uma modalidade de e-commerce que funciona exclusivamente como um intermediador, entre cliente e fornecedor. Neste modelo não há a necessidade de manter um estoque, uma vez que a própria empresa não armazenara os produtos. . A função principal é funcionar como uma conexão entre cliente e fornecedor. 

O foco do lojista é atrair o maior número de clientes e administrar os pedidos, repassando-os para seus fornecedores. “Nesta modalidade a relação com o fornecedor deve ser de extrema confiança, afinal ele que fará a entrega e deverá garantir a qualidade do produto”, pontuou Guimarães. 

Sustentabilidade 

Cada vez mais pautas sócio-ambientais estão por trás de uma compra. Adquirir um produto que não adote práticas sustentáveis ou de uma empresa que não se preocupe com pautas sociais não atraí mais os consumidores. Hoje em dia é necessário um proposito envolvido com o produto. Na logística verde, por exemplo, mede-se a quantidade de CO2 emitido e os impactos ambientais das entregas. 

“Para que as estratégias tenham efeito no público, além de estar preocupado com as causas sócio-ambientais, é preciso que a empresa comunique essas ações para os clientes. Seja na descrição do produto, alertando que ele é vegano, por exemplo, ou seja na biografia da empresa e das opções de frete, os lojistas precisam informar os consumidores”, finaliza Medeiros. 

Fonte: Mercado&Consumo

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