Ferramenta utiliza inteligência artificial generativa para provar roupas vendidas na internet sem sair de casa.

e-commerce entrou de vez nos hábitos de consumo do brasileiros nos últimos anos, mas a venda de roupas continua sendo uma das dores deste mercado. Com a impossibilidade de provar a peça antes, a preferência por comprar na loja física ainda é comum.

Pesquisa realizada pelo Google mostra que 68% das pessoas que compram roupas online diz ter dificuldade em saber como a vestimenta cairá no corpo antes. Do total, 59% já tiveram alguma deceppção nesse sentido ao provar a peça adquirida pela internet.

Foi pensando nisso que o Google desenvolvou uma ferramenta para que os usuários da plataforma provem roupas vendidas na internet sem mesmo ter que sair de casa.

A tecnologia foi apresentada à imprensa mundial em um evento realizado em Nova York, para o qual o jornalista viajou a convite do Google.

O modelo utiliza recursos da inteligência artificial generativa para criar imagens de como cairia no corpo uma roupa vendida pela internet.

A ferramente, batizada de Virtual Try-On (Provador Virtual, em português) foi lançada inicialmente com 40 modelos femininas de diferentes tamanhos, idades, tons de pele e biotipos. Dessa forma, o usuário poderá selecionar aquela que melhor lhe representa para ter uma noção de como a roupa cairá em seu corpo. Uma vez escolhida, a modelo ficará salva para testes futuros.

Diversidade na busca por modelos

Ainda neste ano, o Google pretende lançar a versão masculina, que,  inicialmente, também contará com 40 modelos. Tanto o número de modelos masculinos como femininos deverão aumentar gradativamente, conforme a plataforma receba novas atualizações.

“Realmente contratamos modelos que sejam bastante representativas. Isso é algo que o Google deseja muito para garantir que os modelos representem a diversidade do mundo”, afirmou Lilian Rincon, diretora sênior de produtos de compras ao consumidor, no evento de lançamento da plataforma.

Segundo o Google, 42% das pessoas não se sentem representadas por modelos de sites de e-commerce de vestuário, o que tornou a busca por modelos que refletissem toda a diversidade do homem e da mulher americana um dos pontos-chave Virtual Try-On.

“Os modelos, de fato, nunca utilizaram a peça selecionada. Mas, com o uso da IA regenerativa, conseguimos mostrar de forma muito aproximada como uma roupa ficaria em um modelo com características semelhantes às do comprador”, disse Rincon.

Por trás do provador virtual 

O projeto foi desenvolvido por três anos, sendo que no último deles o Google passou a trabalhar diretamente com algumas das principais empresas do varejo de vestuário americano para alcançar maior eficiência em seu produto.

O Virtual Try-On servirá, nesse primeiro momento, para provar roupas de 300 marcas, tendo entre elas a ng Anthropologie, LOFT, H&M e Everlane. Mas a ideia é ganhar escala rapidamente, passando a atender milhares de vendedores, do pequeno lojista a grandes redes de roupas.

O Google também pretende em breve expandir o Virtual Try-On para outros países, onde poderá utilizar novos modelos que melhor representam a população daquela região.

Para demonstrar como maior exatidão o caimento das roupas nas modelos, o Google colocou seu modelo de IA em “treinamentos rigorosos” com uso de sua base de dados Shopping Graph, que agrega milhões de produtos, vendedores e avaliações.

Os treinamentos foram feitos com várias imagens e com os modelos em diferentes poses. “O modelo AI aprende a combinar a forma da camisa na pose lateral com a pessoa na frente pose, e vice-versa, até que possa gerar imagens realistas da camisa dessa pessoa de todos os ângulo”, explicou o Google.

A ferramenta será gratuita para compradores e vendedores, tendo como principal objetivo aumentar o engajamento (e, consequentemente, as vendas) dos usuários do Google Shopping.

“Percebemos que os usuários interagem 50% mais quando o produto tem imagens em 3D. Os comerciantes querem poder oferecer essa experiência imersiva e estamos trabalhando com eles nesse sentido. Inteligência Artificial tem tudo a ver com o diálogo. Não podemos nos isolar. Temos o nosso próprio modelo, mas tentamos trazer todo o mercado para perto”, disse Maria Renz, vice-presidente comercial do Google.

Fonte: Exame

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